Resenha: Adaptação de "A Esperança - Parte 1"

 

 

A adaptação cinematográfica do livro de Suzanne Collins, “A Esperança” da trilogia Jogos Vorazes, que foi dividido em duas partes teve sua estreia dia 19 de novembro de 2014, com A Esperança – Parte 1, sendo dirigido por Francis Lawrence. A história parte do ponto em que Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) se encontra no Distrito 13, após ser resgatada do Massacre Quartenário. Lá sob a liderança de Alma Coin (Julianne Moore), presidenta do Distrito 13, Katniss aceita se tornar o tordo da revolução com a condição de que Peeta (Josh Hutcherson) e os outros Vitoriosos que se encontram sob custódia da Capital fossem resgatados com anistia de qualquer atos que tenham cometidos a favor da Capital.

 

 

Dá-se início então a uma série de eventos publicitários para fortalecer a revolução e é numa dessas propagandas que temos uma das cenas mais marcantes do filme, no qual, nossa heroína abalada pela destruição que vê no Distrito 8, onde a Capital bombardeou um hospital cheio de rebeldes feridos, manda seu recado diretamente para o Presidente Snow (Donald Sutherland): “Eu tenho uma mensagem para o Presidente Snow: você pode nos torturar, nos bombardear, queimar nossos distritos até as cinzas. Mas está vendo isso? Está pegando fogo. E se nós queimamos, vai queimar com a gente”.

Nessa adaptação, diferente das demais da trilogia, não há efetivamente os jogos na arena, sendo centrado na rebelião do Distrito 13, até então considerado exterminado pelos membros da sociedade de Panem. Com o decorrer do filme e o suscetível desenvolvimento da revolução, o público se vê comovido com a jornada da heroína, no qual, desejamos fazer parte dessa luta também. Ficamos revoltosos ao ver Peeta fantoche da Capital e esperamos assim como Katniss ansiosos pelo dia em que ele será resgatado, o que para nossa infelicidade só acontece efetivamente ao final da película. Nos empolgamos quando Katniss solta frases como “Se nós queimamos, vai queimar com a gente” ou “Vocês resgataram Peeta na primeira oportunidade ou terão que achar outro tordo”.  E nos contagiamos quando nossa heroína sai à campo e explode uma aeronave da Capital ou canta uma música de tordo comovendo os distritos que em atos de rebelião executam estratégias para derrubar a Capital, não poupando esforços ou até sacrifícios para concretizar seus planos.

 

 

O longa apenas peca na má distribuição cronológica do livro, deixando muito da história para ser desenvolvida na próxima adaptação: A Esperança - O Final. Também ficamos tristes com a ausência de Peeta que só aparece em propagandas de “paz” desenvolvidas pela Capital, mas tendo papel importante nos últimos minutos do filme. Outro ponto que deve ser levado em conta é o papel da publicidade no filme, no qual, os dois Presidentes: Snow e Coin, usam e abusam das imagens de Peeta e Katniss para fortalecer seus ideais. O que é frisado pelo personagem Haymitch, o mentor de Katniss durante os jogos: “Peeta é a arma da Capital assim como você é a nossa”. A película acaba com uma cena marcante em que nos deixa com o gostinho de queiro mais.

 

Espero que tenham gostado da resenha,

Beijinhos, beijinhos, você sabe que me ama!

Por: Laura Glapinski

2014

Contato

Laura Glapinski lauraa.zacca@hotmail.com